A Polícia Civil concluiu esta semana o inquérito sobre a queda do viaduto da Galeria dos Estados, no dia 6 de fevereiro de 2018. A peça imputa a responsabilidade pelo acidente a três ex-secretários de Obras – Júlio Peres, Maurício Canova e Antônio Coimbra –, ao ex-presidente da Novacap, Hermes de Paula, e ao ex-diretor de Edificações da empresa, Márcio Buzar.
A investigação conduzida pela Coordenação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Cecor) deixou indignado o engenheiro Márcio Buzar. Segundo ele, a obrigação de fazer a manutenção da DF-002 (o Eixão) é do Departamento de Estradas de Rodagem (DER). “A atribuição da Novacap era apenas fazer o projeto. E isto foi feito”, garante.
Buzar ocupou o cargo na gestão do ex-governador Rodrigo Rollemberg (PSB) de 2015 a 2018. E alega que a má conservação de viadutos e monumentos foi apontada em relatório do Tribunal de Contas do DF em 2012.
“Durante o governo Agnelo Queiroz (PT), de 2011 a 2014, nada foi feito. Todo o orçamento daquele período foi remanejado para a obra do estádio Mané Garrincha, que hoje é um elefante branco”, afirma.
Agora, enquanto a equipe de Rollemberg precisará dar explicações à Justiça pela “prática de desabamento culposo por meio de omissão”, ex-diretores do DER como Henrique Luduvice e Fauzi Nacfur (este ainda no cargo) sentem-se aliviados. “É um absurdo. Estão responsabilizando as pessoas erradas”, reitera Buzar.