A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, ontem (5), durante a operação Bacrim, 17 colombianos suspeitos de integrar uma quadrilha que extorquia dinheiro de pequenos empresários no Distrito Federal e Entorno. As prisões aconteceram em um condomínio em Taguatinga, Águas Claras e Arniqueiras, onde foram encontrados dinheiro e a contabilidade do grupo.
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O grupo de agiotas emprestava dinheiro aos empresários a juros abusivos e, caso não recebessem o valor na data combinada, chegavam até a agredir essas pessoas. De acordo com o delegado da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (CORF) da Polícia Civil, Jefferson Lisboa, a cada R$ 10 mil emprestados, eram cobrados R$ 600 de juros por dia. Além disso, os empresários tinham que pagar 20% do empréstimo em 20 dias, valor que, se não fosse pago, era acumulado para o dia seguinte e assim sucessivamente.
O dinheiro apreendido ainda está sendo contabilizado, mas o delegado acredita que a quantia chegará a R$ 100 mil – U$ 7 mil e COL$ 230 mil (pesos colombianos); também estão em poder da polícia sete motos. \”Não temos o levantamento de quanto eles emprestaram e nem quanto extorquiram das vítimas. No entanto, sabemos que o dinheiro arrecadado está sendo enviando para a Colômbia para patrocinar o crime\”, contou Lisboa.
A polícia supõe que a quadrilha faça parte de um grupo maior de agiotas que atuam em todo o Brasil, mas até agora não sabe se os colombianos estavam vivendo de forma legalizada no país. As equipes ainda estão em diligências, e novas prisões poderão ser realizadas no decorrer do dia. Os criminosos cumprirão pena por extorsão, organização criminosa e agiotagem no Brasil e depois serão deportados.