A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (1º) a 3ª fase da Operação Acrônimo, que apura suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades na campanha do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel.Segundo a PF, agentes iniciaram a manhã cumprindo 40 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito Federal.
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Em Belo Horizonte, mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa do diretor-presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), Mauro Borges. O executivo é ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com atuação entre fevereiro e dezembro de 2014. O advogado dele, Marcelo Leonardo, confirmou que os policias estiveram no imóvel e não deu mais informações. A assessoria da Polícia Federal em Brasília informou que, por determinação da Justiça, não pode se manifestar sobre a investigação.
Há suspeita de que os recursos desviados de contratos com o governo federal foram para a campanha eleitoral. Ainda de acordo com investigadores, alguns dos locais que são alvo de mandados de busca e apreensão nesta manhã são ligados ao governador Pimentel. O governador de Minas Gerais já negou irregularidades, após buscas feitas nas primeiras fases da operação.
Em maio de 2015, quando deu início à Operação Acrônimo, a PF buscava a origem de mais de R$ 110 mil encontrados em um avião no aeroporto de Brasília, em outubro do ano passado. A aeronave transportava Benedito Rodrigues de Oliveira Neto, conhecido como Bené, dono de uma gráfica que prestou serviço para a campanha de Pimentel ao governo mineiro.
Bené foi preso, mas liberado após pagar fiança. Também na 1ª fase da Acrônimo, a PF fez buscas no apartamento da mulher de Pimentel, a jornalista Carolina de Oliveira, em Brasília. Na época, o governador classificou a ação como um \”equívoco\”.
\”Ocorre que o mandado de busca e apreensão foi expedido com base numa alegação, numa definição inverídica, absolutamente inverídica”, disse o governador na ocasião.
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