A Polícia Federal prendeu neste sábado (14), no Rio de Janeiro, o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro de Jair Bolsonaro e candidato a vice-presidente na chapa do ex-mandatário nas eleições de 2022. A prisão ocorreu no bairro de Copacabana, e agentes da PF realizaram buscas na residência do ex-ministro.
Braga Netto, que já foi titular da Casa Civil e do Ministério da Defesa durante o governo Bolsonaro, é investigado no inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor das eleições presidenciais de 2022.
Segundo informações da Polícia Federal, a prisão preventiva foi solicitada devido à suspeita de que o general teria tentado interferir nas investigações. Ele é acusado de buscar acesso a informações sigilosas do acordo de colaboração premiada firmado por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que tem cooperado com as autoridades no caso.
Após a prisão, Braga Netto foi levado ao Comando Militar do Leste e ficará sob custódia do Exército. A defesa do ex-ministro ainda não se manifestou sobre os desdobramentos deste sábado. No entanto, em novembro, após ser formalmente indiciado no inquérito, Braga Netto negou as acusações, afirmando que “nunca se tratou de golpe”.
A investigação segue em curso, e novos desdobramentos são aguardados nos próximos dias.