A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) da Polícia Civil do Distrito Federal chegou a um suspeito no caso da lista com 301 nomes de supostas prostitutas, sendo oito do DF. O texto circula desde a última quarta-feira por meio do Whatsapp. A pessoa moraria em São Paulo e teria vazado os números dos celulares das vítimas com descrições dos corpos delas, além dos preços cobrados no programa. O acusado será intimado a depor por carta precatória.
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Desde então, as garotas mudaram a forma de atender os telefonemas. O tom com o qual respondem ao primeiro chamado de um desconhecido é sempre desconfiado, seco e frio. Algumas pedem para parentes receberem as ligações, pois não aguentam mais os pedidos de sexo. É o caso de Maria*. Nos últimos quatro dias, o celular dela não para de tocar. Enquanto a reportagem gravava um depoimento com ela, pelo menos 60 notificações de textos, fotos e vídeos apareceram nos grupos de Whatsapp. Todos com conteúdo pornográfico. O aparelho trava devido ao fluxo sem controle de mensagens.
Ela registrou ocorrência na 23ª Delegacia de Polícia (P Sul) na noite de sexta-feira, após dois dias de incessantes perguntas como “onde você atende?” e “quanto cobra?” e convites para orgias anexados a fotos de homens nus. “Até mulher me procura”, reclama a jovem de 23 anos, que trabalha como técnica em nutrição.