Instalada dentro do DPE, a delegacia terá duas funções principais. A primeira é investigar casos especiais de crimes que ocorrem em meio cibernético, com atendimento direto ao público. A outra consiste em apoiar outras delegacias e entidades de investigação que requisitem auxílio.
Presentes ao evento, além de autoridades da Polícia Civil do Distrito Federal, estavam representantes do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) e do Ministério da Justiça.
Para o secretário da Segurança Pública, Edval de Oliveira, a delegacia não só vai ajudar na investigação de crimes já conhecidos como também aprimorar as práticas policiais.
Ele defendeu a permanente atualização da capacidade investigativa. “A tecnologia avança a passos largos, e a polícia deve estar sempre se aperfeiçoando para correr atrás das novas modalidades de crime”, observou.
Coube ao delegado Giancarlos Zuliani Júnior, titular da nova delegacia, fazer a exposição. “O objetivo é determinar um ponto de equilíbrio em que sejamos capazes de fornecer auxílio a outras autoridades, sem interferir na nossa capacidade de investigar casos trazidos diretamente pelo público”, detalhou.
Durante esses três primeiros meses, a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos dará apoio ao esclarecimento de casos de:
- Invasão de dispositivos
- Crimes contra o patrimônio em meio cibernético sem autoria
- Crimes contra a honra ou liberdade individual
- Pesquisas avançadas em redes sociais
Órgão não é primeira iniciativa contra crimes cibernéticos
A DRCC não é uma novidade para combate ao tipo de crime. “A Polícia Civil já havia tentado implementar uma delegacia no passado, que depois virou divisão, mas sem vida longa e sem a efetividade pretendida no momento”, explicou a diretora do DPE, Mabel de Faria.
Primeiro, em 2011, foi criada a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Tecnológicos, que funcionou até 2014, ocasião em que foi transformada em Divisão de Repressão aos Crimes de Alta Tecnologia. Em 2015, as atribuições foram transferidas para a Divisão de Inteligência Policial.
Em março de 2017, a DRCC foi instituída com mais funções e com a experiência das incursões anteriores. Segundo o diretor-geral adjunto da Polícia Civil, Cícero Jairo, a delegacia veio em um momento oportuno. “Nós sabemos que, a cada dia, o crime se apresenta de formas mais qualificadas, e essa unidade policial poderá fazer frente a essa criminalidade.”
Marcada para começar a funcionar em 29 de maio, a delegacia terá 15 servidores. Desses, dois são delegados; 11, agentes policiais e dois, escrivães. Com esse efetivo e estrutura, a estimativa é que o órgão consiga atender 124 ocorrências por mês e 1.488 ao ano.
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