A jornalista e escritora Maria Félix Fontele lançará, dia 16 de maio, no Carpe Diem da 104 Sul, o livro de poesia Versos Que Me Habitam. Em sua primeira obra, ela revela que se sente como disse o escritor argentino Jorge Luis Borges. Ele falava que um livro o libertava, deixava-o livre do que o instigava a escrever sobre aquele assunto. Maria Félix conta que sempre soube essa leveza aconteceria com ela também.
O livro é dividido em três partes: “Retrato do Efêmero”, “O Tempo e As Estações” e “(Di)versos”. Embora ressalte que poesia é algo muito pessoal, Maria Félix revela que foi estimulada pelas redes sociais. No Facebook, por exemplo, ela recebia muitas curtidas e palavras elogiosas a respeito dos textos poéticos ali postados. “Aí me empolguei”, conta ao Brasília Capital. O que mais inspira a poetisa desde a pré-adolescência é a natureza, especialmente a que embalou sua infância, em Tupiratins (TO). O livro, de 128 páginas, tem textos escritos durante toda a vida da escritora. “Optei por essa versão simples, pois acredito, sem nenhuma pretensão oculta, que assim são meus poemas”, diz.
Ancorada na racionalidade, ela acrescenta, de forma poética, que está “ciente da minha condição: sou autora desconhecida do grande público que se lança ao mar do mercado editorial. Mas sigo em frente, a remar contente pelas águas das letras, com esperança de que encontrarei bom porto”.
E mais: “Eu soube, sempre soube, desde muito cedo, que esse poderia ser meu destino. Mas só agora fiquei cara a cara com ele. Frente a frente de mim mesma. É já ou nunca! E vocês são testemunhas disso”. “Se alguém me perguntasse qual a essência desse trabalho, eu poderia dizer que me vejo como artesã que tece palavras. Ou, ainda, quem sabe, falaria que esses versos são bordados com as linhas de meu coração, a emergir sentimentos tão humanos, puros e complexos”, afirma.
Vida e morte
“Vida e morte são recorrentes entre os poemas, escritos ao longo de muitos anos, nos quais a poetisa veio costurando temas como o próprio amor, o tempo, a família, a amizade, a religiosidade. Maria é de fato uma artesã que tece palavras, buscando sempre fazer emergir sentimentos humanos, puros e complexos. É um livro que visa a leveza, mas sem deixar de lado a complexidade que pode estar oculta nos sentimentos mais simples”, escreve a editora da obra.
O lançamento do livro acontece porque Maria Félix teve seu projeto aprovado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. A aprovação permitiu-lhe fazer o que gosta: semear “esses versos que habitam em mim porque vivo e morro de amor a cada instante.” Na obra está um de seus maiores orgulhos, o poema Retrato, com o qual ganhou concurso da revista Xicóatl, de Salzburgo (Áustria).
Maria Félix Fontele foi secretária-adjunta e coordenadora de Comunicação Social do Governo do Distrito Federal, além de primeira coordenadora de Comunicação Social da Câmara Legislativa do DF. Atuou como repórter, chefe de reportagem, editora e colunista em diversos veículos de comunicação como Jornal de Brasília, Jornal do Brasil e Correio Braziliense, e em assessorias de imprensa. Também editou revistas e publicações nacionais na área de gestão pública. Como escritora, participou de algumas antologias poéticas.
Livro
Versos Que Me Habitam,
128 páginas
Lançamento:
16 de maio, às 19h, no Carpe Diem, SQS 104.
R$ 40,00
Editora: Confraria do Vento
Poema
SINFONIA
Quando o vento toca a relva
E a música meu espírito
É o invisível que me rege
Com os sons do infinito