Um senador argentino anunciou, com pompa e circunstância, uma forma definitiva de proteger a infância abandonada naquele país. Deseja o nobre parlamentar – imbuído do “mais patriótico ardor” – que famílias com poucos recursos para sustentar um fedelho possam vendê-lo para famílias abastadas.
Este é o tipo de projeto a ser seguido por quem deseja “acabar com a miséria em qualquer lugar do mundo”. Pode-se até ampliar o tipo de benefício, alargando a assistência para adolescentes que estão vivendo o desconforto de morar numa favela, ou mesmo adultos que não conseguem emprego por conta de mal terem acabado o curso de alfabetização.
Aposto, em qualquer bet por aí, que o presidente Javier Milei vai aprovar o projeto, dado que ele e o senador são do mesmo partido.
No fundo, não deixa de ser uma forma de melhorar a distribuição de renda. Basta acreditar na cartilha dos hermanos.
PS.: Por falar nisso, policiais do Rio de Janeiro (poderia ser de qualquer lugar do Brasil) apontaram armas para garotos negros, por suspeita, certeza ouprecaução. Mas se esqueceram de pedir os documentos deles. Os jovens são filhos de diplomatas.