Já passa da hora de os doutores em Sociologia passarem a escrever, para os que não são doutores, sobre uma correlação que está ficando cada vez menos sutil entre preconceitos e classes sociais. Neste espaço, apenas peço que eles me esclareçam a respeito do que tenho não mais do que uma vaga ideia.
Mas não é intrigante que artigo de Walberto Maciel sobre o racismo nas escolas, publicada neste Brasília Brasília, de repente se veja face a face com as notícias do sujeito que atropelou e matou, com sua arma (no caso, um Porsche) outro cidadão que não tinha dinheiro para comprar um carro daqueles; e do adolescente, morador de uma cobertura de luxo, que ficou roubando dinheiro que deveria ir para o Rio Grande do Sul e vinha, em Pix, para o seu bolso.
Quem ensinou esse povo a matar a 150 Km/h e a usar o celular para surrupiar dinheiro dos desabrigados, quando se mora numa cobertura?
Claro, como mostra o texto de Maciel, que a educação tem tudo a ver com isso, seja nas escolas particulares ou públicas.
Mas, e a Família, de que tanto se fala? Afinal, ela é a base do discurso sobre Pátria e Propriedade