A pipoca passou a ser o prato principal de 460 mil alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal. A medida é uma consequência do corte de R$ 18,4 milhões no valor empenhado para a merenda dos alunos. O orçamento de R$ 74,2 milhões que bancava as refeições, em 2014, foi reduzido para R$ 55,8 milhões ao final de 2016. As informações são do Jornal de Brasília.
As reclamações concentram-se em escolas da Samambaia, onde alunos reclamam que o único lanche à disposição dos alunos é a pipoca, acompanhada de suco e uma maçã. Outra reclamação é que o Governo de Brasília chegou a prometer seis refeições diárias aos estudantes.
“Tem escolas que funcionam em tempo integral e os alunos precisam de refeições decentes. Além da pipoca, ainda tem o problema das carnes estragadas. Isso tudo com altos preços de licitações. Quando professores estavam em greve, o Governo de Brasília argumentava que os alunos precisavam ir para escola por conta das merendas. E agora?”, questionou Marilange Viana, diretora do Sindicato dos Professores.
Outro lado
A Secretaria de Educação informou que a pipoca foi inserida no cardápio neste ano para “melhorar a variedade e qualidade nutricional da alimentação ofertada aos estudantes beneficiados pelo Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE/DF). Segundo a pasta, cerca de 80% das crianças têm um consumo inadequado de fibras.
“O cereal é um alimento energético de alto valor nutricional, fonte de fibras, vitaminas do complexo B, vitamina E e antioxidantes. A SEEDF acrescenta que as coordenações regionais de ensino possuem nutricionistas que, de acordo com a necessidade e a aceitação dos cardápios, podem fazer alterações na alimentação escolar oferecida aos estudantes”, esclarece o texto.} else {