O atraso na entrega do túnel de Taguatinga não é o único problema a atingir as pessoas que precisam acessar o centro da cidade. As mudanças no trânsito também agravaram a histórica falta de vagas de estacionamento.
Quem mais sofre são os comerciantes. Sem ter onde parar o carro, os clientes acabam procurando outras opções para fazer compras ou buscar algum tipo de serviço. O resultado são lojas vazias e funcionários ociosos (foto 3). Os prejuízos são incalculáveis.
Além da supressão de cerca de 30 vagas na Avenida Central na quadra C-8, em frente à Praça do Relógio, a obra ainda reduziu um espaço nas imediações do Posto Nenen’s, onde ficavam ônibus de excursão e veículos de frete.
Esses ônibus agora param ao longo do meio-fio (foto 1) ou ao lado da agência do Bradesco (foto 2). Cada um deles ocupa, em média, seis vagas de automóveis comuns, piorando ainda mais a escassez de vagas no setor.
Para piorar, do outro lado da rua da agência do Bradesco uma loja em reforma ocupa cinco vagas com containers para coleta de restos de material de construção (foto 4). E na parte de baixo da C-8 os camelôs na calçada disputam espaço com os pedestres que poderiam ser clientes das lojas.
Um deles se instalou numa vaga para alugar barracas (foto 5). Outros vendem, nas portas das lojas, peças semelhantes às que estão à venda nos comércios regulares. Uma flagrante concorrência desleal. Afinal, eles não têm despesas com alugueis, contas de água, de energia, IPTU, entre outras.
Fiscalização
O administrador de Taguatinga, Bispo Renato Andrade (foto 6), afirma não ter o poder de fiscalizar o trânsito ou a ocupação irregular de espaços públicos. Mas disse encaminharia as reclamações contra os ônibus de excursão para o Detran e acionaria o DF Legal para verificar o uso indevido das calçadas.
“Estamos trabalhando para entregar a obra do túnel em junho ou julho, incluindo a boulevard (nova área para circulação de pedestres). A partir daí, intensificaremos a fiscalização e encontraremos uma solução para os camelôs”
Renato Andrade
Mas o administrador não sinalizou para uma alternativa há muito cobrada pela comunidade local: a adoção de estacionamentos públicos rotativos no centro de Taguatinga.