Para o alívio de mais de 200 mil passageiros, hoje não deve faltar ônibus no DF. O governo avalizou o empréstimo de R$ 6milhões que a Viação Pioneira pegou no Banco de Brasília (BRB), dando como garantia a promessa de pagar o montante de R$ 14 milhões que deve à empresa de ônibus ainda este ano. A dívida refere-se ao período da operação branca do Expresso DF, quando o BRT funcionou sem a cobrança de tarifa.
- Advertisement -
O dinheiro emprestado será usado para pagar salários e benefícios dos rodoviários, em greve durante oito dias. A Cootarde também garantiu o retorno. Assim, o DFTrans divulgou o fim da paralisação, que tem deixado milhares de brasilienses nas paradas durante horas. Mas os pontos continuavam lotados no início da noite.
O estudante Luiz Felipe da Silva, 18 anos, estava há uma hora e meia na plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto aguardando transporte para o Gama. \”Só tem da Cootarde. Mesmo assim, quando passa, é sempre lotado. Também tem muito pirata. Mas os que passaram estavam sucateados. É um risco. Não pego\”, afirmou.
Sem fiscalização
A pirataria ganhou uma espécie de \”legitimidade\” com o início da paralisação. O transporte ilegal circulava sem qualquer fiscalização nas imediações do terminal mais movimentado do DF. A confiança era tanta que um ônibus que seguia para Paranoá encostou na baia reservada ao transporte legalizada. No box do DFTrans, um fiscal lembrou que os responsáveis pelo combate aos piratas eram os auditores, que não teriam aparecido por lá ontem.
Na estação do BRT, também na rodoviária, havia somente servidores do DFTrans. De acordo com eles, até aquele momento (eram 19h30), não havia encostado um ônibus sequer da Pioneira no terminal. \”Se for normalizar, somente por volta das 5h de sexta\”, estimou um servidor.
O diretor-geral do DFTrans, Jair Tedeschi, informou que a operação da Pioneira estava sendo normalizada. \”É que ocorre de forma gradativa. O pessoal do turno anterior, é claro, não vai dar mais tempo de trabalhar\”, afirmou.