Está prestes a sair do forno da Procuradoria-Geral da República (PGR) a terceira denúncia contra o presidente Michel Temer (MDB). Desta vez, o Ministério Público Federal (MPF) pedirá para investigar se, em troca de propina, o presidente beneficiou com um decreto a empresa Rodrimar, do setor portuário.
Sigilos – Com autorização do Supremo Tribunal Federal, a procuradora-geral Raquel Dodge enviou 50 perguntas para Temer sobre a investigação. Para concluir a apuração, no entanto, são necessárias outras medidas, como a quebra dos sigilos bancário e telefônico dos envolvidos.
Desgaste – Mas elas (as medidas) precisam de autorização da Câmara para serem executadas contra o chefe do Executivo. A tendência é que a denúncia seja encaminhada para aprovação do Congresso em meio ao período eleitoral – o que pode pressionar os parlamentares a não arriscar desgastes de imagem junto aos eleitores.
Esclarecimentos – No pedido que encaminhou solicitando ao ministro Roberto Barroso para enviar perguntas a Temer, Raquel Dodge afirmou que é necessário esclarecer os fatos envolvendo o presidente. \”Instauração de investigação para melhor elucidar os fatos, de maneira não apenas a confirma a identidade das pessoas mencionadas, como também esclarecer se e em quais circunstâncias atuaram para repassar dinheiro ilícito aos agentes públicos Michel Temer e Rodrigo Rocha Loures\”, escreveu a PGR.