Filomena Madeira
Após ser intimada a se manifestar sobre o pedido de soltura do ex-comandante da Polícia Militar do DF, Fábio Augusto Vieira, preso sob suspeita de má atuação durante os ataques às sedes do Três Poderes, no dia 8 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a manutenção da prisão preventiva do militar.
Segundo o documento juntado ao processo, o MPF afirma não ser crível que Fábio Vieira “desconhecesse a gravidade dos atos que se avizinhavam”, tanto que, pessoalmente, foi para o local dos fatos para acompanhar os desdobramentos.
Para o subprocurador Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos e que assina o parecer, o ex-comandante poderia e deveria ter acionado o efetivo necessário para conter a ação criminosa, visto que um relatório de inteligência enviado dois dias antes dos atos antidemocráticos apontava riscos de uma possível invasão aos prédios públicos.