O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, pediu nesta segunda à Polícia Federal que investigue a morte do policial civil Lucas Gomes Arcanjo, encontrado morto no último sábado na sua casa, em Belo Horizonte. A nota enviada pelo ministério determina a total apuração dos fatos, “tendo em vista as circunstâncias de óbito repentino do investigador”. Lucas Arcanjo, que faria 45 anos daqui a um mês, foi encontrado pela esposa, por volta de meio-dia, no segundo andar da casa, aparentemente enforcado com uma gravata.
Seguido no Facebook por quase 23 mil usuários, Arcanjo ganhou notoriedade nas redes sociais pelas denúncias recorrentes contra o ex-governador de Minas e atual senador Aécio Neves (PSDB). Em diversos vídeos, o policial acusava o tucano de ligação com crimes variados, como narcotráfico, compra de habeas corpus e homicídio. Em uma das gravações, ele conta que um corpo foi encontrado na propriedade do primo de Aécio, Tancredo Tolentino, no município de Cláudio, com indícios de execução. “Mas nada é investigado”, argumentava.
Arcanjo ganhou apoio e conversava bastante com a atriz Tássia Camargo, ex-TV Globo, que reforçava as denúncias do policial contra o senador tucano. “Lucas entregou diversos documentos contra Aécio para Tássia, e ela me entregou todos. Estou examinando todos eles com cuidado”, revelou o deputado estadual Durval Ângelo (PT).