A Polícia Federal (PF) suspeita que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu tenha recebido propina em troca de contratos fechados com o Ministério do Planejamento por um dos novos alvos da Operação Lava Jato. Os investigadores acreditam que o PT também foi beneficiado com recursos desviados da pasta. As informações constam de relatório da PF que embasou a 18ª fase da Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira (13) com o nome de Pixuleco II.
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Durante a ação, os policiais prenderam o advogado e ex-vereador Alexandre Oliveira Correa Romano (ex-PT), apontado como operador do esquema. Pelas investigações, ele mediava a realização de contratos de operações de crédito consignado entre a Consist Software com o Ministério do Planejamento em troca de propina. A PF estima que pelo menos R$ 50 milhões foram pagos por meio do esquema.
Segundo as investigações, o ex-vereador de Americana (SP) cobrava uma “taxa mensal” pela manutenção dos contratos entre a Consist e o ministério. Essa taxa, de acordo com os investigadores, passou a ser paga diretamente pela Jamp, do empresário Milton Pascowitch, a Romano, ao PT e a agentes políticos. “Esta taxa, na realidade, nada mais era do que a destinação de recursos ao Partido dos Trabalhadores e outros agentes públicos ainda não identificados”, informa a PF no pedido de prisão temporária de Romano.