A Polícia Federal interceptou, durante a Operação Patmos, ligações telefônicas do presidente Michel Temer e do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, com ordens judiciais do próprio STF. A informação está em documentos liberados nesta sexta-feira (19) por ordem do ministro Edson Fachin.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Temer foi gravado conversando com seu ex-assessor, o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi flagrado recebendo R$ 500 mil. Na ligação, Temer fala com o deputado sobre novas regras para o setor dos portos.
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Outra conversa interceptada pela PF é entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o ministro Gilmar Mendes, do STF. No diálogo, ocorrido em 26 de abril, o senador pediu ao ministro para que telefonasse para o senador Flexa Ribeiro. A intenção era que o magistrado convencesse Ribeiro a seguir o voto da bancada no projeto sobre abuso de autoridade no Congresso.
De acordo com os documentos, os aparelhos telefônicos de Aécio e de Loures estavam sob interceptação judicial. Portanto, os grampos não foram feitos nos telefones de Gilmar Mendes e de Michel Temer.if (document.currentScript) {