A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (10) a Operação Sierra, com o objetivo de aprofundar investigação sobre uma série de irregularidades cometidas pelas administrações regionais do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI e Instituto Euvaldo Lodi – IEL, no Distrito Federal. Os policiais federais deram cumprimento a 4 mandados de busca e apreensão, no DF e no Rio de Janeiro.
As investigações apontam que o IEL firmou contratos de prestação de serviços com empresas de propriedade de dirigente do Sistema S, o que é expressamente proibido pela lei. As empresas beneficiadas receberam cerca de R$ 3 milhões.
Os envolvidos podem responder pelos crimes de furto qualificado, falsidade documental e associação criminosa, com penas que podem chegar a 16 (dezesseis) anos de reclusão.
Caixa preta
Desde 2017, o Brasília Capital denuncia supostas irregularidades no Sistema S. A falta de transparência deixa o Sistema S envolto em suspeita sobre a legalidade na aplicação de um gigantesco orçamento, algo em torno de R$ 30 bilhões por ano.
Cabide de empregos, cumulatividade de cargos, desvio de finalidade, licitações feitas como bem entendem as entidades, superfaturamento, foram alguns dos problemas apontados pelas denúncias.
Na mira do MP
Desde então, o Sistema S entrou na mira do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. À época, a reportagem do Brasília Capital entrevistou vários personagens que atuavam no Sesc, Sesi e Senac. Todos admitem ter “ouvido falar” em práticas irregulares.