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Em parceria com a Procuradoria da Fazenda Nacional, a Polícia Federal deflagrou, nesta manhã, a Operação Patriota, cujo objetivo é apurar um esquema de fraude à execução fiscal, lavagem de capitais formação de quadrilha e falsidade ideológica pelos gestores de um grupo empresarial especializado em transportes e turismo. Ao todo, estão sendo cumpridos 18 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de condução coercitiva.
Segundo fontes envolvidas, o alvo central da operação é o empresário Wagner Canhedo, ex-dono da Vasp e proprietário de, entre outros empreendimentos, o Hotel Nacional, o mais antigo de Brasília.
As investigações foram iniciadas em meados do ano passado e revelam que, para driblar as execuções fiscais existentes contra o grupo, os gestores constituíram outras empresas de fachada, em nome de \”testas de ferro\”.
Isso permitia que eles movimentassem livremente os recursos que deveriam saldar suas dívidas — inclusive tributárias, que somam cerca de R$ 875 milhões.
Em nota divulgada nesta sexta-feira, a Polícia Federal informa que, conforme decisão proferida na 10ª Vara Federal do Distrito Federal, a administração das empresas caberá a um auditor fiscal a ser indicado pela Receita Federal.
\”A medida está prevista no artigo 319 do Código de Processo Penal entre as medidas alternativas à prisão. Com o afastamento dos gestores e a posterior indicação de um auditor fiscal a intenção é garantir que as empresas continuem funcionando e que, portanto, os empregos dos funcionários do grupo sejam mantidos e os valores devidos ao Fisco voltem a ser recolhidos\”, diz o comunicado.