O cacique Emira Waiãpi, 62 anos, pode ter sido assassinado por um estrangeiro a mando de garimpeiros que querem explortar as riquezas das terras dos índios Waiãpi, no município de Pedra Branca do Amapari, 300 quilômetros a oeste de Macapá.
O crime ocorreu no dia 23 de julho e, no primeiro momento, a própria PF descartou a participação de garimpeiros. Porém, apurações das últimas 48 horas apontam para a possibilidade de um estrangeiro ter invadido a reserva para executar o cacique.
A PF e o Ministério Público Federal estão à frente das investigações porque os índios são considerados patrimônio do Brasil, e qualquer crime contra um deles é de responsabilidade dos órgãos federais. A nova linha de trabalho dos agentes destacados para acompanhar o caso no Amapá surgiu a partir da constatação de que a tribo aparenta estar desnorteada com a perda do chefe da aldeia.
“Ninguém mata um cacique por acaso, principalmente quando se trata de uma tribo isolada, como é o caso dos Waiãpi”, disse um policial federal ao Brasília Capital.
Segundo a fonte da reportagem, ao encomendar a morte do líder os garimpeiros deixaram o grupo acéfalo, o que pode, no futuro, facilitar a ocupação e exploração da reserva.
Mas o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), um dos primeiros a denunciar o assassinato do cacique, gravou vídeo para as redes sociais garantindo. “apesar do crime, os Waiãpi não ficarão desguarnecidos”.