A Polícia Federal abriu investigação para apurar possível crime de genocídio e omissão de socorro ao povo Yanomami. Determinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, o inquérito tem garimpeiros, coordenadores de saúde indígena e agentes políticos como alvos.
Segundo reportagem da Folha, a falta de medicamentos para os indígenas e a epidemia de malária e desnutrição de crianças e idosos são indícios que podem indicar negligência por parte do governo Jair Bolsonaro. Sem citar o nome do ex-presidente, Dino afirmou na terça-feira (24) que “todo o contexto se agrava especialmente quando há registros de ex-agentes políticos em visita a garimpo ilegal em terra indígena também localizado no estado de Roraima”. Em 2021, o então chefe do Executivo foi a um garimpo na terra Raposa Serra do Sol.
O secretário de Saúde Indígena, Ricardo Tapeba, calcula que mais de mil indígenas em estado grave foram resgatados e atendidos emergencialmente por equipes do Ministério da Saúde. Nos últimos dias, o único hospital infantil de Roraima internou 29 crianças Yanomami com quadros de desnutrição e malária.