Esclareço de cara: este não é um texto distópico. Acompanhe, nem que seja só para se divertir. Há poucos dias, a Justiça resolveu eleger os pets (vulgos, cachorros) como parte integrante de qualquer família de humanos. Principalmente se estes seres racionais (?) resolvem, de uma hora pra outra, entrar num processo de divórcio.
Assim como os filhos, os pets – considerados parte da despedaçada família –, têm direito a um bom percentual do salário do ex-conje, digo, ex-cônjuge, que sumiu no mapa em busca de um condomínio que não permita a criação de cães com os filhos.
Tudo bem, mesmo porque medida judicial não se discute: cumpre-se. De mais a mais, as estatísticas mostram: a quantidade de meninas e meninos no Brasil é da ordem de 35 milhões; já os pets (!), mais de 140 milhões.
Em suma: uma diferença de mais de 100 milhões de criaturas de quatro patas contra os minguados entes que teimam em habitar a Terra.
Nada mais natural, portanto, que os animais se transformem em membros da família, oficialmente, como se viu na notícia do cachorro beneficiado com 30% do salário do marido fujão.
Tudo isso com aval científico, dado por uma revista chamada exatamente Science. De acordo com seus cientistas, os pets têm uma tendência a amar de forma profunda os seus tutores, da forma extremada como um bebê ama sua mãe.
Não é fofinho?