Mesmo com melhora na aprovação de seu governo, o presidente Michel Temer tem 59% de desaprovação e ficou abaixo das expectativas para 36% dos entrevistados em pesquisa da Ipsos, realizada entre 1º e 12 de outubro. A avaliação da figura de Michel Temer ficou praticamente estável em outubro, com 31% de aprovação, mostra o levantamento Pulso Brasil da Ipsos. Houve leve oscilação para cima, de um ponto percentual, em comparação com setembro, quando o peemedebista atingiu 30% de aprovação. Esse é seu melhor índice desde pelo menos agosto de 2015. A pesquisa foi realizada com 1,2 mil entrevistas presenciais em 72 cidades brasileiras. A margem de erro é de três pontos percentuais. “Cedo para opinar” 16% dos pesquisados afirmam que o novo governo está dentro das suas expectativas e, para 2%, o governo superou as suas expectativas. Um quarto dos pesquisados (24%) disse que é muito cedo para opinar e 8% dos pesquisados não souberam responder. Outros 14% disseram que não tinham expectativas com o novo governo. “Os primeiros meses do governo Temer não conseguiram responder às expectativas de uma sociedade fragilizada e sedenta por mudanças. Estamos presenciando um processo de transformação do senso crítico do brasileiro em relação aos seus governantes e com Temer não seria diferente, até por não possuir um histórico de cargos no Executivo. Ele precisará mostrar resultados palpáveis se quiser governar com índices de popularidade mais altos”, avalia Danilo Cersosimo, diretor de Public Affairs da Ipsos, responsável pelo Pulso Brasil. Inflação O levantamento também analisou se os brasileiros aprovam ou desaprovam a atuação do presidente Temer em 10 temas, entre eles, solução das crises política e econômica, melhorias da saúde pública e redução das dívidas do governo. Onde Temer tem mais aprovação é no combate à inflação (33%), seguido por combate à corrupção e sua atuação para realizar melhorias nos programas Minha Casa, Minha Vida e Bolsa Família, ambos com 31%. Apresentam pior resultado para o presidente combate ao desemprego, à pobreza e à violência, todos com 51% de desaprovação. Em todos os tópicos analisados, o índice dos que não sabem ou não responderam ficou entre 21% e 25%. Queda No comparado com os índices de setembro, a desaprovação caiu em todos os dez temas analisados no período. A maior queda foi registrada no combate à corrupção, retração de cinco pontos percentuais, seguida por combate à inflação (-4 pp) e solução da crise econômica (-2 pp). Já as maiores altas na aprovação no período foram no combate à corrupção, com elevação de seis pontos percentuais, na melhoria da saúde pública (+5 pp) e no combate à inflação (+ 4 pp). Em cinco dos temas analisados (combate à inflação, à corrupção, ao desemprego, à violência, solução das crises política e econômica), é possível fazer uma análise comparativa com junho, um mês após o início do governo interino de Michel Temer. O peemedebista assumiu a presidência definitivamente após a conclusão do processo de impeachment de Dilma Rousseff em agosto. Variações Houve tímidas variações nos índices de aprovação aos temas pesquisados no período, com as maiores altas registradas na avaliação negativa. Os temas com maior alta na desaprovação foram a atuação de Temer no combate à corrupção e ao desemprego, com ambos com elevação de sete pontos percentuais, seguido pelo que tem sido feito para combater a violência, alta de cinco pontos percentuais. Rumo do País A percepção sobre o rumo do país teve leve melhora, embora ainda esteja muito negativa: 83% dos entrevistados disseram em outubro que o Brasil estava no rumo, queda de quatro pontos percentuais ante setembro; em contrapartida, 17% dos pesquisados afirmaram que o Brasil está no rumo certo, contra 13% registrados no mês passado. A margem de erro é de três pontos percentuais. A avaliação do governo federal ficou praticamente estável em outubro, com 9% dos que avaliam a gestão federal como ótima ou boa, 32% que classificam a gestão como regular e 46% que avaliam o governo como ruim ou péssimo. Outros 13% não souberam responder. Ipsos |
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