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A perícia realizada nos restos mortais de João Goulart não encontrou sinais de envenenamento, segundo resultado do laudo divulgado nesta segunda-feira, que foi inconclusivo para a causa da morte. Após um ano de análises, a equipe de peritos coordenada pela Polícia Federal considerou que os dados clínicos da Jango são compatíveis com morte natural, mas que o envenenamento não pode ser descartado, já que a ação do tempo pode ter modificado vestígios.
\”Os dados clínicos, as circunstâncias relatadas pela esposa, são compatíveis com morte natural. O infarto agudo do miocárdio pode ter sido a causa da morte do presidente, como poderia ter sido causada por outras cardiopatias. Contudo, inobstante a negativa dos exames toxicológicos, também não é possível negar que a morte tenha sido causado por um envenenamento, tendo em vista as mudança químicas e físicas\”, disse o perito Jeferson Evangelista Correa, da PF.
Segundo dados oficiais, Jango morreu devido a um ataque cardíaco no exílio na cidade de Mercedes, na Argentina, em 1976, mas há a suspeita que agentes da repressão uruguaia teriam trocado medicamentos que ele tomava para uma doença do coração. Os trabalhos de perícia foram realizados pela Polícia Federal e especialistas internacionais, após um pedido da família Goulart à Comissão Nacional da Verdade (CNV).