Orlando Pontes
O clã Roriz está dividido. Pelo menos quatro parentes do ex-governador, falecido em setembro de 2018, concorrem a uma das 24 cadeiras na Câmara Legislativa: os sobrinhos Paulo (PTB) e Dedé (Agir), o neto Joaquim (PL) e o ex-marido da sobrinha Célia, ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB). A concorrência levou a viúva, Weslian, a gravar um vídeo reiterando que “quem tem sangue Roriz é o neto Joaquim”.
Logomarca
À primeira vista, a impressão foi de que a reação de Dona Weslian era dirigida a Filippelli, que durante as comemorações do aniversário de Brasília publicou mensagens nas redes sociais tentando se colocar como herdeiro político do ex-governador. Mas, na verdade, a vó se referia a Paulo, que passou a adotar uma logomarca de pré-campanha (foto) muito parecida com a de Joaquim. Filippelli chegou a ser avisado disso.
Currículo
Acontece que a fala de Dona Weslian continha uma meia verdade. Afinal, Dedé, filho da irmã Íris, e Paulo, filho do irmão Zequinha, ex-prefeito de Luziânia (GO), têm sangue Roriz. Paulo ainda retruca: “a população não está preocupada com isto. O povo quer saber é quem tem serviços prestados a Brasília”. E enumera os cargos que já ocupou: três vezes secretário do Entorno, uma vez secretário de Habitação e presidente da Codhab e deputado distrital por quatro anos.
Honra
Dedé, que atua como empresário de comunicação e colunista de Gastronomia do Brasília Capital dá de ombros para a fala da ex-primeira-dama: “Sou sobrinho de Roriz, filho de uma irmã dele. Tenho o sobrenome dele (André Roriz Solano) e, como deputado distrital, saberei honrar o legado do meu tio”. Joaquim Neto diz apenas que não está preocupado com a questão e que sua campanha “vai de vento em popa”, com grande aceitação em todo o DF.