A jornalista Patrícia Lélis, de 29 anos, que ganhou notoriedade em 2016 ao levantar acusações contra políticos nos tribunais e mudar abruptamente de posicionamento político, agora enfrenta acusações de fraudes financeiras de US$ 700 mil (cerca de R$ 3,4 milhões) nos Estados Unidos.
Conforme as autoridades do estado da Virgínia, ela oferecia a regularização da situação de estrangeiros no país por meio de um visto que garantiria residência e, em alguns casos, cidadania, mediante investimentos em empresas norte-americanas. Alegando ser mediadora desse processo, a jornalista direcionava os recursos das vítimas para sua própria conta bancária.
Patrícia Lélis viveu até há pouco tempo em Taguatinga, no Distrito Federal, a 20 quilômetros de Brasília. Cursou o ensino fundamental no Colégio Marista Champagnat e formou-se no ensino médio no Colégio Ideal. Depois, fez Jornalismo na Universidade Católica, todos na mesma cidade.
Em 2016, a jornalista chegou a acusar o deputado Marco Feliciano (PL-SP) de tentativa de estupro – o processo foi arquivado – e ela ainda foi indiciada por denunciação caluniosa e extorsão. Além disso, Patrícia Lélis afirmou ter mantido um relacionamento com Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, que também foi alvo de denúncias por parte da ex-militante bolsonarista, que agora se declara petista.
Mas o Partido dos Trabalhadores a expulsou de seus quadros sob alegação de discurso de ódio. Patrícia Léis é a responsável pela alcunha “bananinha” do filho do ex-presidente da República.
Até agosto de 2016, Patrícia Lélis era militante do Partido Social Cristão, que na época, antes de ser incorporado pelo Podemos, abrigava Bolsonaro. O rompimento com o PSC ocorreu quando ela acusou o deputado federal Marco Feliciano de tentativa de estupro, assédio sexual e agressão.