Em 8 de julho de 1875, José Marti, apóstolo da independência de Cuba, escreveu artigo na Revista Universal do México onde dizia: “Cabe à imprensa encaminhar, explicar, mostrar, orientar, dirigir; Cabe a ela examinar os conflitos, não inflamá-los com um julgamento apaixonado; não encarniçá-los com demonstrações de adesão fora de hora; Cabe-lhe propor soluções, amadurecê-las e facilitá-las”.
Posso afirmar, com orgulho, que o portal Pátria Latina sempre agiu de acordo com esses princípios. Neste fevereiro de 2020, sobram razões para que os cubanos rendam um merecido tributo a esse veículo de comunicação brasileiro em seus 18 anos defendendo, a partir das ideias, com objetividade, veracidade e com a verdade, as causas dos povos para construir soberanamente seu próprio destino.
Desde sua fundação, “Patria Latina” está do lado da Revolução Cubana, denunciando os planos do imperialismo ianque para destruí-la, desmantelando as campanhas diversionistas com as quais pretende isolá-la do mundo e confrontando, com sólidos argumentos, o bloqueio econômico, comercial e financeiro com o qual há mais de 60 anos os diferentes governos americanos tentam subjugar o povo de Cuba.
Patria Latina tem também o mérito de disseminar as idéias do líder da Revolução, Fidel Castro, e, com isso, contribuir para a batalha de idéias que os humildes de nosso Planeta empreendem contra o neoliberalismo e todos os tipos de opressão imperial em busca de um mundo de paz, de justiça social, com todos e para o bem de todos.
Pátria Latina também contribui no campo da solidariedade internacional, denunciando, com coragem, as agressões e desapropriações que os grandes centros de poder militar e econômico têm levado a cabo contra os povos nas diferentes regiões do mundo, da Venezuela à Palestina, da Bolívia ao Irã, do Equador à Líbia ou ao Iraque; e, é claro, sua dedicação na defesa dos interesses do povo brasileiro que está sempre em primeiro plano.
Talvez a contribuição que mais distinga Pátria Latina seja o desenvolvimento de seu trabalho com pouquíssimos recursos econômicos e tecnológicos, em um cenário monopolizado pelos grandes veículos de comunicação transnacionais e pelas fake news, inventadas e aplicadas pelos nazistas de Hitler para dominar o mundo.
Fidel Castro, em uma reunião com jornalistas estrangeiros em Santiago, Chile, em setembro de 1971, disse-lhes: “As massas precisam conhecer e visualizar seu inimigo. Se não o conhecem, se está disfarçado, se não sabem quem ele é, não o visualizam. Seu papel na conscientização das massas é educá-las em todos os aspectos, ensiná-las como essas lutas são realizadas, suas leis, suas dinâmicas; mostrar-lhes os métodos que eles usam, desmascar esses métodos, suas mentiras, suas falsidades … E dentro de suas limitações, acreditamos que jornalistas revolucionários, se tiverem muito claro esses objetivos, podem fazer muito pelo processo revolucionário”.
É precisamente isto que Pátria Latina tem feito em seus 18 anos de existência. Obrigado e parabéns!
(*) Embaixador de Cuba no Brasil de 2000 a 2003