Te cuida, Brasília! Você não está sozinha no mapa brasileiro. O que acontece em capitais construídas há mais de cem anos – e, portanto, com mais histórias para contar –, pode animar o pessoal que não se liga em patrimônios e planeja novas investidas contra a paisagem única do Distrito Federal.
Belo Horizonte, por exemplo, vem servindo de mote para a discussão sobre o que significa o espaço urbano para a cidade e as pessoas. É um lugar que pode, ou não, representar suas origens, seu presente e seu futuro. Discussão muito a propósito, aliás.
O mau exemplo prospera em várias capitais do Sul do País, muitas delas aderindo ao modelito Times Square, transformando prédios do centro da cidade em anúncios luminosos coloridos e movimentados.
Publicado neste Brasília Capital, texto do urbanista e arquiteto Gustavo Penna abre um abaixo-assinado contra a transformação da Praça Sete, em BH, num painel multicolorido mostrando as delícias dos eletrônicos e dos frangos desossados.
Alexandre Nagazawa, outro urbanista e arquiteto, louva a reinauguração da praça da Independência (Minas adora suas origens históricas), nos edifícios Sulamérica e Sulacap.
Invadida pela especulação imobiliária, a praça foi destruída, mesmo tendo como paisagem o viaduto Santa Tereza, presente no Encontro Marcado de Fernando Sabino e provocações – verídicas ou não – de Carlos Drummond de Andrade.
Todo cuidado é pouco!
Lembra dos neons que quase invadiram os gramados da cidade tombada como patrimônio pela Unesco? Pois é assim que começa…