O Paranoá está em festa. Nesta terça-feira (27), uma série de comemorações marca o aniversário de 63 anos da cidade, celebrado no domingo (25). Criada na época da construção da capital federal, a região administrativa, agora, tem 14 praças públicas totalmente reformadas. Desde o início desta gestão, o GDF tem atuado na recuperação dos espaços da cidade que ficaram abandonados por anos. Outras melhorias também já podem ser vistas, como a renovação das galerias pluviais e a inauguração do primeiro terminal de autoatendimento dos Correios no DF.
O tradicional corte de bolo não vai ocorrer neste ano, em função da pandemia de coronavírus. Em vez disso, a população receberá fatias embaladas, por meio de um sistema de drive-thru. Foram encomendados 240 quilos de bolo de uma panificadora local que venceu um processo de licitação de tomada de preço. Quem comparecer sem carro ao estacionamento da Administração Regional também poderá levar sua porção para casa, desde que esteja utilizando máscara e respeite as medidas de distanciamento social.
A Administração Regional do Paranoá investiu R$ 200 mil na compra de materiais para reformas de pontos públicos, executadas em parceria com a Fundação de Amparo ao Trabalhador Preso (Funap), vinculada à Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus). Neste ano, 14 praças foram reformadas, contemplando as quadras 2, 7, 8, 11, 13, 15, 23, 28 (duas), 30 e 32, bem como os núcleos rurais Jardim, Café sem Troco e Rajadinha 2.
Além das que já foram reformadas, a Praça dos Pioneiros, na Quadra 2, está com a obra em andamento. Os serviços consistem em troca dos pontos de encontro comunitário (PECs), poda de árvores, reforma de calçada, reforma do parquinho infantil, retirada de entulho e demais serviços que beneficiam toda a comunidade.
Demanda antiga
“As praças são locais de encontro e diversão das comunidades, que utilizam muito esses espaços”, lembra o administrador do Paranoá, Sérgio Damaceno. “Os locais ficaram muitos anos sem manutenção, e sofrem com a ação do tempo. Com o projeto de revitalização, estamos melhorando tudo”.
A administração regional também garantiu manutenção e cobertura do equipamento público de ginástica localizado ao lado da praça central. “Foram mais de 20 anos sem qualquer cuidado com esse local”, conta Damaceno. “É uma verdadeira academia em praça pública, e a comunidade solicitava manutenção porque enfrentava sol e chuva”.
Nascida e criada na região, a estudante Letícia Moraes, 28 anos, comemora: “É muito importante ver que a cidade está sendo cuidada. Eu tenho um carinho muito grande por aqui e confesso que é triste ver locais onde tanto me diverti serem entregues ao abandono. Com as reformas, posso levar minha filha para aproveitar como eu”.
Mais obras
Além das reformas nas praças, outro presente de aniversário contempla a população do Paranoá: o primeiro Terminal Automatizado de Encomendas (TAE) dos Correios. Como a cidade não tinha uma agência da empresa, os moradores precisavam se deslocar até o Centro de Distribuição Domiciliar do Lago Norte para recolher encomendas. Aproximadamente 100 mil pessoas – aí incluídos moradores do Itapoã – serão beneficiadas com essa iniciativa.
Na cidade, o GDF também investe em obras para melhorar o fluxo nas galerias de águas pluviais. Durante uma força-tarefa de limpeza de bocas de lobo para prevenir alagamentos, foram identificados defeitos na rede nas quadras 14 e 21, que sofriam com inundações e destruição constante do asfalto. “Estamos resolvendo definitivamente esse problema”, assegura o administrador.
História
A região nasceu com a chegada dos primeiros profissionais para a construção da Barragem do Lago Paranoá. Em 1957, foi criada a Vila Paranoá, que abrigou os operários. Após a inauguração da nova capital, em 1960, esses pioneiros permaneceram na cidade para a conclusão das obras da usina. Àquela época, eram cerca de 3 mil moradores ocupando 800 barracos.
66.138 – População da área urbana do Paranoá, segundo a última pesquisa da Codeplan
A criação do Paranoá foi oficializada pela Lei Federal nº 4.545, de 1964. Em 25 de outubro de 1989, o Decreto nº 11.921 fixou novos limites e a transferência do assentamento para a área definitiva. Ali era a formalização da cidade como Região Administrativa do Distrito Federal. A última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad) da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan) estima em 66.138 habitantes a população urbana da região.