Quando fui destacado como repórter do vespertino carioca Última Hora, em janeiro de 1960, para cobrir a visita do presidente norteamericano Eisenhower, faltavam ainda três meses para que Brasília fosse reconhecida, de fato e de direito, como a nova Capital brasileira. Mas, já àquela altura, a cidade em formato de avião, gerada com amor por Juscelino Kubitschek no ventre de uma montanha de terra vermelha do Planalto Central, era uma realidade que impressionara os arquitetos do chamado primeiro mundo. Quanto a mim, ao pisar o solo do aeroporto, de repente fui envolvido pelo sopro que os espíritas chamam de energia cósmica. E, naquele exato momento, descobri que era aqui que queria viver para o resto de minha existência. Retornei inúmeras vezes. Mas, só voltaria para ficar, a partir do início da década de 80.
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Por isso, como bom filho (mesmo adotado), fico feliz ao constatar que no dia 21, terça-feira, foi comemorado o 55º Aniversário de minha cidade-mãe, a Capital do Brasil, vislumbrada no sonho de Dom Bosco, transcrito pelo padre Lemoyne, em 1883: “Quando vierem explorar as riquezas escondidas neste Planalto, entre os paralelos 15 e 20, surgirá aqui a terra prometida, onde jorrará leite e mel. Será uma riqueza inconcebível!”
A propósito, o Correio Brazilense publicou em sua edição de domingo, 19, o tabloide “A nossa cidade maravilhosa”, de oito páginas, no qual crianças candangas destacam 21 pontos turísticos de Brasília, que todos os moradores precisam conhecer. Eis as sugestões: Ponte JK, Eixão, Jardim Botânico, Parque Ecológico Ermida Dom Bosco, Parque Olhos D´água, Jardim Zoológico, Templo da Boa Vontade, Cine Drive-in, Centro Cultural do Banco do Brasil, Feira dos Importados, Parque Nacional Água Mineral, Nicolândia Center Park, Parque da Cidade Dona Sarah Kubitscheck, Planetário de Brasília, Torre de TV, Catedral Metropolitana, Memorial JK, Palácio do Planalto, Congresso Nacional, Museu Nacional de Brasília e Estádio Nacional Mané Garrincha.
Como se vê, embora cidade caçula, com apenas 55 anos de idade, nossa Capital já tem muito a oferecer, inclusive um céu azul que pode ser vislumbrado de um ângulo total de 360 graus. Diante de tantas belezas, só me resta fazer um brinde de palavras:
— Parabéns, Brasília, com Amor!