De acordo com o cientista político Lúcio Rennó a decisão tomada por Jean Wyllys (PSol) e divulgada pela Folha na tarde desta quinta-feira, de que após dois mandatos deixaria a vida pública, \”é uma sinalização internacional sobre a má situação da comunidade LGBT no País\”.
\”Com essa medida extrema e não trivial, o deputado Jean Wyllys se projeta ainda mais como ativista internacional. O valor simbólico é motivado pelo custo social de exercer um cargo representativo neste momento\”, disse o pesquisador da UnB, Rennó.
Segundo ele, dada as características do suplente, David Marianda, também ativista da causa, não deve haver retrocesso para a pauta LGBT no Parlamento. Entretanto, a saída dele dá margem para visões de auto-exílio contra um sistema anti-democrático.
Carreira política – O ex-BBB foi eleito deputado federal pela primeira vez em 2010, com aproximadamente 13 mil votos, e foi puxado pelo bom desempenho do colega de partido, Chico Alencar. Em 2014, aumentou em 100 vezes sua votação e foi reeleito com 144 mil votos. Na última eleição, Jean teve 24 mil votos e conquistou a reeleição pelo quociente eleitoral, já que seu correligionário Marcelo Freixo chegou a 342 mil votos.