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O Papa Francisco aterrissou na tarde de terça-feira, sob forte esquema de segurança na base aérea de Andrews, Maryland, para sua primeira visita aos EUA. O Pontífice foi recebido pelo presidente Barack Obama e seu vice, Joe Biden, vendo ainda uma multidão saudá-lo cantando \”Bem-vindo aos EUA\”. A ocasião é tida como um momento histórico nas relações entre a Igreja Católica e o país americano.
Na chegada, Francisco cumprimentou crianças que foram especialmente vê-lo, e quebrou um protocolo ao ter Obama recebendo-o na base. Após um breve encontro com o público, ele deixou a base em um carro popular rumo a Washington, onde chegou cerca de uma hora depois.
A visita do Papa marca a primeira vez que um Pontífice falará no Congresso americano, no qual analistas esperam que ele faça defesa do fim do embargo econômico à ilha.
— O arrependimento é uma coisa muito íntima. Fidel e eu não falamos do passado. Não sei também se eu estaria disposto a receber dissidentes. O que se passaria? Gosto de me encontrar com todo mundo.
Além de Washington, onde discursará, Francisco visita Nova York e Filadélfia. De acordo com o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, o Papa deve abordar questões econômicas, migratórias e ambientais na visita ao Congresso.
PEDIDO DE RECONCILIAÇÃO EM CUBA
Na sua última missa durante a visita a Cuba, o Papa Francisco pediu nesta terça-feira para os fiéis estenderem pontes e semearem a reconciliação. Francisco, que evitou críticas diretas ao governo de Raúl Castro, ressaltou que a fé dos cubanos segue viva apesar das “dores e penúrias”.
A celebração ocorreu no Santuário da Virgem da Caridade, perto da cidade de Santiago de Cuba, poucas horas antes de o pontífice embarcar para os Estados Unidos.
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O pontífice fez referência, mesmo sem menção explícita, ao período em que o ateísmo foi imposto após a revolução cubana de 1959, quando muitos fiéis eram alvos de discriminação. No final de uma viagem à ilha após a aproximação entre Havana e Washington, inimigos há mais de meio século, o papa fez ainda referência a “reconciliação”.
Depois da missa no santuário, o pontífice se encontrou com famílias cubanas na catedral de Santiago, antes de abençoar a cidade e viajar aos Estados Unidos. O pontífice argentino encerra a visita em pleno período de aproximação entre Washington e Havana.
Em Santiago de Cuba, grande porto da região leste da ilha que viu o nascimento da revolução cubana e perto da polêmica base americana de Guantánamo, Francisco se despedirá das autoridades e do povo cubanos, que o receberam no sábado.
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