O padrão de beleza muda de acordo com o contexto histórico do mundo. Já tivemos uma época em que as mulheres eram mais “rechonchudas”, passamos pelo padrão de mulheres esbeltas e hoje temos uma variação entre as esbeltas e as musculosas.
Independentemente do padrão de beleza escolhido pela sociedade, a alimentação sempre dialoga com essa escolha. Na década de 1990 começamos a ouvir muito sobre os transtornos alimentares relacionados a essa busca pela beleza, especificamente pela magreza.
Os mais conhecidos são a anorexia e bulimia, mas existe também a vigorexia, que parece ser mais frequente entre os homens, diferente das duas anteriores, mais frequentes entre as mulheres.
A anorexia caracteriza-se por restrição na ingestão de alimentos, associada ou não ao uso de laxantes, diuréticos, ou outros artifícios para reduzir a ingestão de calorias, além de uma prática extenuante de exercícios. O objetivo dessas pessoas é um corpo cada vez mais magro. É caracterizada por uma distorção na imagem corporal.
Já a bulimia costuma apresentar episódios de compulsão alimentar seguidos de sentimento de culpa. Com isso, associa-se a prática de vômitos, uso de laxantes e a prática de exercício de forma compensatória.
A vigorexia é caracterizada por uma insatisfação constante com a imagem corporal, realização excessiva de exercício pela busca de um corpo perfeito e muitas vezes associada ao uso de drogas do tipo esteroides anabolizantes.
Os três são considerados transtornos psiquiátricos e precisam ser tratados de forma multiprofissional, pois apenas um nutricionista não é capaz de atingir os objetivos do tratamento. O apoio médico e psicológico são os pilares do tratamento.
Existem muitos gatilhos que levam ao desenvolvimento desses transtornos e os profissionais de saúde precisam estar atentos a isso. O terrorismo nutricional que vemos nas redes sociais atualmente não deve ser uma prática fortalecida, pois reforça ideias equivocadas que estão relacionadas a esses transtornos.
O alerta desta semana é para refletirmos sobre as condutas nutricionais extremistas e restritivas que não são reflexo de saúde.
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