Você fala para alguém que a Terra é plana e as vacinas são um transtorno que pode causar a morte aos que se utilizam delas. Ou então, inventa pequenas mentiras sobre as preferências sexuais desta ou daquela pessoa, celebridade ou não.
Mistura tudo isso e manda, em forma de notícia – se possível com alguma foto roubada da Internet – e está pronta a receita para destruir a vida de uma pessoa. Ou, na melhor das hipóteses, você se tornar um (a) influencer.
É assim mesmo que acontece no mundo dos apelidados views, que mostram a audiência de cada coisa que você escreve e, com elas, você se torna, como disse acima, num mortal que dá receitas de felicidade para que cada ser humano mereça todas as felicidades que o dinheiro compra (obrigado, Millôr!).
Daí olharmos, com menor ou maior grau de tolerância, àquilo que vem solapando (!) a crença que ainda temos sobre a viabilidade da humanidade num mundo chafurdado pela insensatez.
Mas argumentam os tolerantes que a absurdidade faz parte da singeleza do ser humano.
Então ‘tá’! Assim caminha a humanidade.