O KUJUBA
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Qualquer profissional que lide no campo jurídico ou que tenha algum traquejo sobre petições e oferecimento de denúncias, ao ler o Resumo das Imputações no Inquérito nº 3.893/DF, onde são denunciados o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Solange Almeida ficará com a pulga atrás da orelha. Senão, vejamos:
O delator Júlio Gerim de Almeida Camargo – vulgo ‘Júlio Camargo’, confessou aos procuradores, lá no Estado do Paraná, ter sido achacado pelo deputado Eduardo Cunha, que lhe propôs o pagamento da módica importância de U$. 5.000.000 como parte da sua ajuda para a contratação do navio-sonda “Petrobras 10000”.
No Resumo das imputações, a cifra, no entender do Misterioso Janot, salta para U$. 15.000.000 “Petrobras 10000, e que, no contrato da sonda “Vitória Sonda 10000”, outros U$ 25.000.000. São números extremamente substanciosos para um simples achaque, no entendimento do delator Júlio Camargo.
A confusão está feita. Uma hora o delator diz que se encontrou pessoalmente com Eduardo Cunha em determinado escritório do Rio de janeiro, o que Eduardo Cunha nega. No resumo das imputações aparece a figura do enigmático “Fernando Baiano”, que orienta o delator a distribuir oferendas à Igreja da qual participa o deputado Eduardo Cunha como fiel.
Analisando detalhadamente o oferecimento da denúncia, não se identifica como o Dep. Eduardo Cunha recebeu esses recursos ou, como diz a Procuradoria Geral, a propina!
Uma pergunta que ninguém até agora consegue responder ou que não se consegue entender é como essa montanha de dinheiro foi entregue ao deputado denunciado? Como teria sido transportado e entregue o dinheiro e de quais bancos foi sacado, já que o deputado diz não ter conta no exterior.
Como Fernando Baiano recebeu do delator já está provado nos autos, mas não se consegue averiguar com clareza é como Fernando Baiano sacou esse dinheiro ou propina e entregou ao destinatário – Eduardo Cunha. (Fernando Baiano era o operador do deputado, no entendimento do Procurador-Geral).
Se existe alguém que, em tese poderia, esclarecer esse mistério seriam pela ordem: o delator Júlio Camargo, Fernando Baiano e o Misterioso Janot.
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Fica essa interrogação nesse Resumo das Imputações, ou, como diz o presidente da Câmara , empulhação.
Seria salutar para que essas dúvidas ficassem esclarecidas que o Misterioso Janot, de pronto, tivesse anexado à sua peça acusatória esses documentos comprobatórios dos saques e de quem transportou as quantias até aos destinatários ou achacadores.
Outro Mistério!
Não está anexado no inquérito 3.893/DF nenhum documento do COAF que comprove saques tão vultosos no sistema bancário brasileiro nas datas elencadas na peça acusatória.
Com a palavra o Misterioso Janot.
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