Uma abertura surpreendente e única, difícil de,pelo menos, igualar, quem dirá superar: assim foi o que a França ofereceu para o mundo (menos para os mal humorados) no dia em que os Jogos Olímpicos deram o ar de sua graça.
Nas quadras e nos monumentos, tudo bem. Ganharam as medalhas quem tinha que ganhar e Paris mostrou mais uma vez que é uma cidade com a melhor locação para fazer filmes com grandes recursos ou apenas com uma câmera na mão e uma ideia na cabeça.
Mas quando chegou a hora de mostrar, além dos cenários e da haute couture (!), outro inigualável ícone francês, a sua cozinha – aquela servida em grandes pratos e pouco feijão –, a vaca foi pro brejo.
Pois não é que o nadador britânico Adam Peaty, talvez só pra falar mal, disse que a comida no Rio (2016) e em Tóquio (2021) era muito melhor?
E ainda: os bandejões servidos com peixe vinham com temperos fora do cardápio. Um vexame.
Perdida essa medalha, que provoca delírios em qualquer botequim especializado nos menus autorizados pelo prestígio francês, resta pelo menos uma vingança. Uma desforra à altura: um nadador francês reclamar da comida de Los Angeles (melhor seria se fosse em Londres, onde ele poderia reclamar das batatas), dizendo que o cardápio é pobre.
E que está cansado de comer essa coisa com vários andares chamada hamburger.