A chapa Renovar é Preciso, que concorre à eleição para a diretoria do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo (Sindilegis), marcada para o dia 30 de novembro, pediu a impugnação da situacionista Juntos Somos Melhores. Os oposicionistas alegam irregularidades na composição da chapa formada pelo grupo que há 12 anos comanda a entidade.
De acordo com a petição apresentada à Comissão Eleitoral, é permitido um máximo de dois mandatos consecutivos em cargos de diretoria. Entretanto, já possuem cargos há mais de uma gestão e estão inscritos na eleição os candidatos Alison Aparecido Martins, presidente; Paulo Cézar Alves, vice-presidente para a Câmara dos Deputados; Helder Pinto Azevedo, diretor administrativo; Ogib Teixeira de Carvalho Filho, diretor de aposentados e pensionistas; e Petrus Elesbão Lima de Silva, diretor de benefícios. Este último é o atual presidente.
Outra denúncia da oposição é que o regulamento prevê distribuição igualitária de diretorias entre as Casas. Mas a Juntos Somos Melhores inscreveu mais componentes da Câmara do que do Senado. A oposição pede rapidez na decisão da Comissão Eleitoral, já que as regras preveem que as chapas devem ser homologadas ou impugnadas em até 30 dias antes da eleição.
Competência
O Sindilegis encaminhou a seguinte resposta ao Brasília Capital: “Não compete à diretoria do Sindilegis se manifestar sobre o processo eleitoral. Conforme determinado pelo Estatuto da entidade, no dia 31 de agosto foi eleita, por mais de 560 filiados, a Comissão Eleitoral, composta por três servidores, sendo um de cada Casa, responsável pela condução da eleição de 2020 para a diretoria do sindicato. De acordo com o artigo 53 do Estatuto, compete à Comissão Eleitoral receber as inscrições, analisar as chapas inscritas e aprová-las ou impugná-las.
Até a publicação desta matéria, o candidato a presidente da chapa Juntos Somos Melhores não havia respondido à reportagem.
Ações na Justiça – O Brasília Capital noticiou, com exclusividade, na edição 486, que a atual diretoria do Sindilegis responde a duas questões na Justiça. Uma por rompimento unilateral de contrato com a clínica Previni, que prestava serviços odontológicos aos associados. O pedido de indenização ultrapassa R$ 1,2 milhão.
A ação diz respeito à ocupação de um imóvel na quadra 610 Sul que pertence à Associação dos Servidores da Câmara dos Deputados (Ascade). O sindicato pode ter de desocupar o prédio, uma vez que a cessão concedida pelo Governo do Distrito Federal previa uso exclusivamente pelo clube social. O Sindilegis perderia mais de R$ 500 mil investidos na reforma do prédio.