A Empresa Brasileira de Turismo festeja o crescimento dos voos europeus para o Brasil. Mas o crescimento é muito tímido, apenas 1,93%. De outubro de 2018 ao mesmo mês deste ano, o pais passou de 1.086 para 1.107 voos.
Os dados demonstram que a abertura total ao capital estrangeiro do controle acionário de companhias aéreas brasileiras, ao contrário do prometido, não causou o crescimento esperado. Tampouco as medidas de cobrança de bagagens. No acumulado de janeiro a outubro de 2019, o Brasil registrou aumento no número de voos dos continentes africano em 1,88%, e asiático em 8,81%.
Guarulhos – O dado mais grave que os números da Embratur revelam é a grande concentração de voos internacionais, quase um oligopólio, dos aeroportos paulistas de Guarulhos e Viracopos. Dos 954 voos internacionais diretos que as cidades brasileiras receberam em outubro deste ano, São Paulo se destaca com 632. Ou seja, 66,2% das frequências.
Como o aeroporto de Campinas opera basicamente aviões de carga, o movimento fica mesmo é em Cumbica. A cidade Maravilhosa, outrora polo maior de atração turística do Brasil, aparece em segundo lugar com tímidas 194 chegadas (20%). Porto Alegre e Brasília são os destinos de apenas 4%, cada um, das aeronaves internacionais.
Fortaleza, que passou a sediar o hub (base de conexões) da Air France/KLM já é o quinto portão de entrada internacional do Brasil: Recebeu 28 voos (2,9%) e Recife, 23 (2.4%). Até março de 2020 estão previstos mais 118 novos voos internacionais e frequências adicionais tendo como destino o Brasil. A maioria desses novos voos vai se concentrar nos portões já tradicionais. Não há uma regionalização.
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