Depois de nove meses paradas, as obras do lado goiano do Sistema Produtor Corumbá 4 foram retomadas na quinta-feira (11). A previsão para início no fornecimento de água é para o fim de 2018. Cerca de 1,3 milhão de pessoas serão beneficiadas. O reinício das obras só foi possível devido a uma autorização do Ministério Público Federal para que o repasse da verba fosse liberado pelo governo federal.
O projeto é uma das principais saídas do Governo de Brasília para enfrentar a crise hídrica que assola o DF desde o ano passado. Ainda assim, a captação das águas de Corumbá não chegará a tempo de suspender o racionamento. Segundo o governador Rodrigo Rollemberg, o projeto é de longo prazo. “Esta obra vai dar tranquilidade para a população pelos próximos 20 ou 30 anos”.
No DF, moradores do Gama, de Santa Maria e do Recanto das Emas serão atendidos pelo novo sistema. No estado vizinho, serão abastecidas as cidades de Luziânia, Novo Gama, Valparaíso e Cidade Ocidental. A expectativa é de que Corumbá entregue ao DF 12.000 litros de água por segundo, enquanto atualmente a capacidade total da Caesb é de 8.500 litros/segundo.
O sistema vai captar a água do Lago de Corumbá e encaminhá-la para tratamento em Valparaíso (GO). Depois, a água será bombeada para o DF e o Entorno. O orçamento é de R$ 540 milhões, divididos de forma igualitária entre o Distrito Federal e Goiás.
Reverência a Roriz – A história de Corumbá IV começou em 2004, quando o então governador Joaquim Roriz anunciou a construção da barragem que, segundo ele, “garantiria o abastecimento de água para a capital federal pelos próximos 100 anos”. A licitação, porém, só foi aberta em 2009, e os trabalhos, dois anos depois. Em 2013, Agnelo Queiroz parou a obra, retomada em 2015 por Rollemberg.
O próprio governador elogiou a iniciativa de Roriz com relação a Corumbá – e arrancou aplausos dos presentes na cerimônia de reinício das obras em Valparaíso (GO). “Registro que o ex-governador Joaquim Roriz foi quem teve a visão de construir o lago Corumbá 4”, destacou.
Além de Rollemberg, acompanharam a retomada das obras o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e o ministro das Cidades, Bruno Araújo, que comemorou a união entre as duas unidades federativas. “Uma obra desse porte só seria possível com a união de Goiás, do DF e do governo federal”, disse.
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