O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em deu discurso hoje (18) na Cúpula Internacional sobre a Violência e o Extremismo, que vai até amanhã (19), em Washington, manteve o tom de separar as ações dos grupos extremistas, como o Estado Islâmico (EI), do islamismo em geral. “Não estamos em guerra contra o Islamismo, mas contra aqueles que pervertem o Islamismo”, disse.
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Durante a sua participação no evento, que reúne representantes de 60 países – dentre os quais 14 são nações árabes, Obama voltou a combater a ideia de que a fé muçulmana, por si só é extremista. “Os terroristas não falam por um bilhão de muçulmanos”.
Segundo ele, o próprio EI se beneficia do pensamento de que os muçulmanos são radicais. “Eles [EI] tentam retratar-se como líderes religiosos, guerreiros e santos em defesa do Islã”, disse. E acrescentou: “Esta é uma premissa mentirosa e não devemos conceder a esses terroristas, uma legitimidade religiosa”.
Obama pediu ainda a união de países ocidentais e líderes muçulmanos para derrotar o extremismo. Uma das preocupações entre os países ocidentais e árabes, que condenam a ação do EI, é de os jovens estrangeiros recrutados regressem aos países de origem e cometam atentados terroristas.
Em janeiro, por exemplo, o Serviço Europeu de Polícia (Europol) informou que o número de cidadãos europeus nas fileiras jihadistas, em países como a Síria, podia chegar a 5 mil.
O presidente dos Estados Unidos falou hoje para estudantes e convidados de diversas regiões dos Estados Unidos e para alguns líderes de várias nações. Amanhã, ocorrerá a reunião com os representantes dos países e também com o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon.