Secretária de Comunicação da zonal do PT de Águas Claras, que inclui Arniqueiras e Areal, Mariana Rosa é a quinta pré-candidata a presidente da legenda no Distrito Federal nas eleições marcadas para 6 de julho próximo. Já estão na disputa Guilherme Sigmaringa Seixas, autodeclarado independente; Antônio Sabino, do Bloco Popular e de Base (BPB); Rejane Pitanga, da CNB (Construindo um Novo Brasil); e Saulo Dias, do Movimento Nova Tendência, desmembramento do Movimento PT.
Mariana Rosa, candidata à presidência do PT-DF
Egressa dos movimentos de base das mulheres, negros e indígenas, Mariana Rosa, de 43 anos, confirmou ao Brasília Capital, neste domingo (20), sua pré-candidatura pela recém-criada tendência Raízes do PT. Suas principais bandeiras são o incentivo à cultura e à educação e a candidatura própria petista ao Palácio do Buriti em 2026.
“Nosso partido foi apático nas últimas três campanhas (2014, 2018 e 2022). Precisamos retomar o discurso do PT para as minorias e para as periferias”, afirma. Ela foi candidata a deputada distrital em 2018 (852 votos) e primeira suplente na chapa da professora Rosilene Corrêa, que concorreu a senadora em 2022 e teve 356.198 votos (22,42%).
Mariana evita atacar antigas lideranças como Sabino e Rejane Pitanga, que disputam o comando da legenda. No entanto, acredita que o partido precisa de renovação. “Eles são nossas referências. Mas precisam confiar na nova geração que está chegando e passar o bastão para a gente”.
CURSINHOS – Mulher negra, Mariana Rosa é funcionária terceirizada da Câmara dos Deputados e filiada ao PT há 20 anos. “Sou apaixonada por este partido, e fico triste com o distanciamento da cúpula partidária em relação à militância, especialmente dos movimentos de mulheres, negros e indígenas”.
Como presidente regional, ela planeja criar cursinhos preparatórios para concursos públicos e vestibulares. “O grande empregador de Brasília é o serviço público. Tornar-se um servidor concursado é o grande sonho de grande parte das pessoas”, explica.
Caso se eleja presidente regional da legenda, Mariana Rosa pretende trabalhar para “furar a bolha” das redes sociais da direitapara fazer o PT dialogar com todos os segmentos, inclusive o religioso, como os evangélicos neopentecostais. “Precisamos desenvolver ações que façam essas pessoas confiarem na gente e ‘marcar’ nossas ações em suas comunidades”.
SAIBA +
Mariana Rosa ao lado de Lula. Foto: Reprodução
Mariana Rosa é presidente da Associação Humanizando Presídios, que fundou em 2016, e representa os interesses de familiares de presidiários. Ela apoia grupos sociais em condições vulneráveis e atua na Ação Cidadania de Combate à Fome e à Miséria, no apoio a pessoas em situação de rua, a grupos indígenas no DF e a crianças afastadas de seus núcleos familiares originários.
Foi fundadora, em Brasília, em 2013, do projeto Elas por Elas, que estimula a economia solidária de mulheres trabalhadoras. Foi co-fundadora do movimento Rosas pela Democracia, de mulheres contrárias ao impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, e participou de acampamentos em Curitiba durante a prisão do presidente Lula, com quem se encontrou em São Bernardo do Campo (SP), no dia de sua libertação (foto).