Chico Sant’Anna
Imagine uma reunião de quase 300 pessoas onde cada uma tenta pautar a sua demanda, sem necessariamente um tema falar com o outro. Assim foi a audiência púbica que tratou do PPCUB, no sábado (19). Fez lembrar o ex-governador José Aparecido, com relação à Praça dos Três Poderes, antes de Brasília ser tombada. “Isso está parecendo penteadeira de prostituta. Cada um vem e deixa um presentinho”, referindo-se à quantidade de monumentos e adereços que tentavam colocar no local.
Eloá Quadros, esposa de Jânio, mandou colocar o Pombal, em forma de prendedor de roupa. Os militares implantaram o Mastro da Bandeira. Outros elementos foram sendo instalados ao longo dos anos, até que o GDF impediu qualquer novo adereço.
Na audiência do PPCUB, donos de hotéis “baixinhos” querem autorização para crescer seus imóveis até 35 metros de altura (11 andares). Altura também é a demanda de moradores das casas da W-3 (cercas altas para a proteção contra vândalos). Donos de postos de gasolina tentam ampliar o leque de atividades em seus estabelecimentos e a PM reivindica o direito de construir um novo quartel para o 6º Batalhão, no Setor de Embaixadas Norte.
Mudanças de gabarito
Representantes do grande capital apresentaram pleito para mudar o gabarito de dois lotes das Confederações Nacionais da Indústria e a do Comércio. Se aprovado, o Setor Bancário Norte ganharia dois edifícios de porte semelhante aos existentes no Setor Bancário Sul.
Quem também clama por mudanças de gabarito são moradores da Vila Planalto, onde só pode ter casas de um pavimento. Reivindicam 4 andares e aumento da taxa de ocupação, que define a metragem que um imóvel a ser edificada nos lotes. Pela NGB 164/90, em lotes com área superior a 420 m², o imóvel pode ter no máximo 210 m². Mas não é o que acontece lá, e moradores pleiteiam fazer imóveis maiores e mais altos. E corre por fora o projeto que altera o uso e a relação de atividades econômicas no Setor Comercial Sul.
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