Juro que tentei. Mas é difícil fugir de assuntos que são urgentes – mas não aparentam urgência – e só parecem realmente graves quando a natureza resolve mostrar que são graves e, repetidamente, urgentes. (Leia sobre os perigos que assombram o cerrado).
Pegue um ambientalista para falar de qualquer tragédia no campo ou nas cidades. Ele vai detalhar pra você que havia necessidade de medidas preventivas, incentivo à proteção da senhora natureza e que, caso isso não fosse feito, pelo menos que se preparasse a população para o pior.
Mas é um jogo de cartas marcadas. Qualquer governante sabe onde está falhando por não tomar as chamadas medidas cabíveis. Pensar no futuro? Não chegam a tanto: a maioria fica fazendo fita diante do que é paliativo, mas deveria ser preventivo.
E assim caminha a humanidade. Mesmo que aquela garota que vive sendo presa nas manifestações, a Gretta Thumberg, insista em dizer que tudo está errado. Tem certos momentos em que a gente tem que ouvir uma ex-adolescente, ou um ambientalista, em vez de um novo-velho político querendo salvar sua pele do desastre.
O Cerrado está em perigo. E ninguém quer se dar conta disso.