Pelo que leio sobre as queimadas no Pantanal, tudo parece “sob controle”: o governo federal enviou um reforço de 50 homens da Guarda Nacional, além de aviões e helicópteros para ajudar no combate ao fogo. (Sem aeronaves, fica difícil debelar os incêndios, pois, usando apenas barcos e carros, os brigadistas levam horas para chegar perto dos focos).
Este é o lado – digamos – bom da notícia.
O outro lado conta que, até agora, quase 542 mil hectares já foram destruídos. Como até aqui o recorde era de 2020, agora ele poderá pertencer a 2024, contando os 8% a mais de incêndios registrados só no primeiro semestre do ano.
Um dos motivos desses incêndios descontrolados todos sabem, ou deveriam saber: desde sempre, as queimadas são método usado pelos pantaneiros para preparar o plantio.
Só que, hoje, os responsáveis pelas previsões do evento foram pegos de surpresa: as queimadas, que deveriam ocorrer no fim de julho e começo de agosto, foram antecipadas em pelo menos um mês. E o descontrole do clima abala o mundo todo.