Segundo notícia de uma agência de Pequim, o homem mais velho do mundo tem 127 de idade anos e atende pelo nome de Gong Lai. Mas, ao contrário do que se pode imaginar, não sobrevive sentado numa cadeira de rodas, gagá da cabeça aos pés. Até muito ao contrário. Baixinho, com apenas 1m 46 de estatura e peso pluma de 50 quilos, há 13 anos aposentado e com a saúde excelente, esse chinezinho faz lembrar o filósofo grego Sócrates (considerado o maior sábio de todos os tempos), transmitindo conhecimentos e sua experiência aos mais jovens, em sua casa na aldeia da Província de Ghizu. Nas horas vagas, desfruta do chamado lazer contemplativo, regado a goles de saquê (o uísque oriental) e pitadas em seu cigarro de palha. (*)
Atual campeão mundial de longevidade humana, o macróbio chinês ainda está longe de se igualar a Matusalém, que viveu nada menos de 969 anos, consoante a Bíblia. Mas leva a vantagem de que seu cetro é “real”, com base na existência insofismável de carne e osso, enquanto o personagem do Gênesis não passa de ficção, ou, para quem acredita em milagres do Velho Testamento, em cuja lista não me incluo, por ausência de fé. Aliás, acabei de ler que a depressão em idoso leva, fatalmente, ao AVC – acidente vascular cerebral, sinônimo de derrame – o que, felizmente, não corro esse risco, apesar dos 90 anos e 3 meses, conforme o calendário. E estou isento simplesmente porque meu cérebro está sempre ocupado, dialogando com amigos, lendo e escrevendo, sem tempo para me deprimir.
A propósito, não invejo o centenário Gong Lai, até porque minha meta não é chegar aos 100 anos de idade cronológica. Só peço a Deus que me conceda, pelo menos, mais cinco anos de vida, porém lúcido e de pernas ainda musculosas de quem jogou futebol até os 65 anos. Se for atendido, minha intenção é continuar sendo útil aos meus semelhantes e à minha família, particularmente às duas netinhas Bárbara, de 10, e Maria Luíza, de 7, acompanhando-as à escola, às aulas de música e eventuais alternativas.
Amém!
(*) Da mesma forma que Oscar Niemeyer, que fumou até às vésperas de seu falecimento, aos 104 anos, Gong Lai está desmentindo o diagnóstico dos médicos de que cigarro faz mal à saúde e abrevia o tempo de vida. Mas convém lembrar que eles não são uma regra e sim exceções.
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