Frio, fogueiras, canjica, pamonha, cachorro quente, churrasquinho, cerveja gelada, quentão, refrigerantes, shows e muito forró. Não, não estou descrevendo o São João de Campina Grande, na Paraíba, ou de Caruaru, em Pernambuco. Estou falando do maior São João de nordestinos, mineiros, goianos, cariocas, paulistas, gaúchos e brasilienses fora do Nordeste, que é o do Distrito Federal.
As festas começaram em maio (Maioninas) e vão até agosto ou setembro (Agostinas e Setembrinas), todos os fins de semana. O São João do DF está espalhado pelas escolas, igrejas, clubes, associações, condomínios e órgãos públicos.
Quem quiser dançar um forró e saborear comidas típicas, para o lado que o nariz apontar haverá uma sanfona com zabumba e triângulo animando os amantes de um chamego à beira da fogueira.
A primeira festa foi no dia 17 de maio, na Casa de Jorge, um restaurante com proposta diferenciadas, no SAAN, que comemorou sete meses de funcionamento, animado pelo grupo Encosta Mais.
Ainda em maio aconteceram festas em Águas Claras (na Avenida Pau Brasil), nas Paróquias de Santa Terezinha (Cruzeiro), Nossa Senhora de Fátima (Taguatinga), Santa Cruz e Santa Edwiges (Asa Sul), e na Igreja Nossa Senhora do Carmo, em Taguatinga Sul.
De 7 a 9 de junho, uma das festas que teve destaque foi a da Paróquia Santa Maria dos Pobres, no Paranoá, com apresentações do cantor Fábio Reis e das quadrilhas Pinga em mim (foto), Espalha Brasa e Arroxa o nó que empolgaram o público. O pároco, o espanhol Miguel Porres Prieto (foto abaixo) esteve na festa o tempo todo. Bastante querido pela comunidade, Miguel fez questão de acompanhar a festa até o final e sempre que podia dava uma força na segurança, cuidando da ordem e da organização da festa.
O que vem por aí? – Segundo um calendário divulgado pelo GDF, o brasiliense ainda vai gastar muita sola de sapato e roupa de frio nas festas juninas deste ano. De 14 a 16 de junho acontecerá a festa da Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Taguatinga Sul, sempre a partir das 18h.
Outra festa muito esperada é o Arraiá da Casa do Ceará, na 910 Norte, com início às 19h do dia 15 (entrada a R$ 10). Também no sábado, acontecerá o Arraiá da OAB, no Clube dos Advogados de Brasília, no Setor de Clubes Sul (ingresso a R$ 34, vendido no site da OAB-DF.
Em Samambaia a Casa Vó do Cerrado promove o São João nos dias 14 e 15. A entrada é gratuita, mas é necessário retirar a cortesia no site Arraiá Vó do Cerrado Samambaia 2024 – Portal Samambaia.
Condomínios – Outros pontos altos das festas juninas, julinas e agostinas acontecem nos condomínios horizontais. Elas começam nos dias 21 e 22 de junho (veja calendário) e vão até o dia 13 de julho.
Uma das que mais se destaca é a do Condomínio Ouro Vermelho I, no Jardim Botânico. Organizada pelo morador do Marcos Mota e pela síndica Rose Yane, a festa tem como ponto alto duas torres de fogueiras de mais de quatro metros de altura que serão acesas nos dias 12 e 13 de julho. Sem falar nos shows e na quadrilha que normalmente é apresentada pelo grupo Formiga da Roça de São Sebastião. Veja calendário abaixo:
No calendário do GDF ainda destacam-se as festas juninas do Guará, que está em sua 7ª edição, e a festa da Ceasa, de 12 a 14 de julho, no estacionamento do Ceasa a partir das 17h. Nos dias 21 a 23 e 28 a 30 de julho, tem a festa no Santuário Nossa Senhora da Saúde, na 702 Norte.
Novacap e Secretaria de Obras – Uma festa que já está virando tradição no Distrito Federal. O Arraiá da Novacap cresceu e vai contar com a parceria da Secretaria de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal, neste ano. O evento ocorre em 27 de junho, a partir das 17 horas, com entrada gratuita mediante a doação de um quilo de alimento não perecível.
Nesta semana, as atrações foram confirmadas. Comanda a festa a banda Só Pra Xamegar e a dupla Priscila Arêba e Adriano Teclas, que prometem trazer o melhor do forró, sertanejo e piseiro. A quadrilha Si Bobiá a Gente Pimba também se apresenta durante o evento com coreografias que prometem levantar poeira. Além deles várias barraquinhas com comidas típicas, como quentão, canjica, arroz carreteiro e feijão tropeiro.
Fotos: Juliana Andrade e Kiko Paz -Novacap