Além da justa referência de ter sido “o mais importante presidente da História do Brasil”, para mim, Getúlio Dornelles Vargas representou muito mais do que isso: ele foi o meu herói presente (e permanente), não só na adolescência, quando o vi e ouvi, discursando na sacada do Palácio do Catete, no Rio de Janeiro. Mas também em anos posteriores, como testemunha no transcurso de minha vivência profissional, incluindo a cobertura, como repórter, no quebra-quebra dos trabalhadores armados de paus e pedras, após seu suicídio na madrugada de 24 de agosto de 1954, autêntica Revolução Popular, reprimida à bala pelos militares antigetulistas, nas ruas das cidades brasileiras.
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Relembro a figura de Vargas com a intenção de aliviar o meu acabrunhamento de cidadão, diante dos atos de descalabro, praticados por membros dos Três Poderes, acusados de corrupção explícita, que continuam em seus postos, estimulados pela impunidade. No que diz respeito ao Legislativo, candidatos eleitos por nada menos de 32 partidos políticos (o maior contingente do mundo), todos com a mesma proposta de salvadores da Pátria, mas que só conseguem olhar para o próprio umbigo, desfrutando da rica mamata. Só de passagem, basta lembrar que Getúlio Vargas nunca cometeu um só ato desonesto, além de ter deixado um lastro de sólidas realizações em seus dois mandatos como presidente da República.
Basta conferir: foi GV que criou a Justiça do Trabalho, instituiu o salário-mínimo, assinou a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Além do que, investiu na área de infraestrutura econômica, criando a Companhia Siderúrgica Nacional, a Companhia Vale do São Francisco, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Vale do Rio Doce e promoveu a campanha do Petróleo é Nosso, fundando a poderosa Petrobrás, em 3 de outubro de 1953, desmentindo a afirmação de geólogos norte-americanos de que no Brasil não havia petróleo. Não obstante estas e tantas outras grandes obras, os donos da mídia sequer citam a semeadura getulista, que até hoje continua dando bons frutos.
O meu herói nasceu na cidade gaúcha de São Borja, onde foi sepultado aos 72 anos, após uma vida dedicada à nossa Pátria.
PS – A bem da verdade, eu tenho um segundo herói: Juscelino Kubitscheck, que também conheci em vida.
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