Alexandre de Moraes nasceu em 13 de dezembro no emblemático 1968, o “ano que não terminou”. Naquele dia, foi editado, pela ditadura, o imoral Ato Institucional número 5, mediante o qual os militares mergulharam o Brasil no período das maiores atrocidades contra os direitos humanos e políticos.
Antes de ser nomeado ministro da Justiça e, na sequência, ministro do Supremo, pelo ex-presidente Michel Temer, Moraes é, há duas décadas, uma referência do Direito Constitucional. Ele construiu uma carreira tão brilhante quanto polêmica, especialmente pela contundência de sua atuação como promotor de justiça, advogado e secretário Segurança Pública de São Paulo.
Acusado de ativista pela extrema direita, Moraes revelou-se, nas Cortes superiores, o grande fiador de nossa jovem democracia, fazendo história por suas posições firmes contra Jair Bolsonaro e seus seguidores, que têm atentado sistematicamente contra as instituições e abusado, das maneiras mais variadas e torpes, do direito à liberdade de expressão, por meio de notícias falsas, conspirações e ataques a autoridades.