Desde que foi fundado há seis anos por Orlando Pontes (a quem conheci como brilhante repórter do Correio Braziliense), o Brasília Capital sempre levou a informação aos seus leitores com absoluta imparcialidade, como aliás deveria ser a regra geral do bom Jornalismo (*1). Deveria ser, mas não é. Isto desde o tempo recente em que Assis Chateaubriand comandava uma rede de 32 jornais, rádios e tevês, dirigida contra os verdadeiros interesses nacionais (*2), a exemplo da oposição cerrada à construção de Brasília (felizmente, ele perdeu).
No transcurso da verdadeira batalha campal da imprensa brasileira a favor do impeachment – que tinha como líderes absolutos o ostensivo corrupto Eduardo Cunha (que ficou 11 meses no comando da Câmara Federal, mesmo depois de ter sido denunciado com provas; o juiz Sérgio Moro, em Curitiba; e o vice Temer, na encolha) – BRASÍLIA CAPITAL se manteve fiel à sua linha editorial, publicando os fatos como realmente eram, nem contra, nem a favor de Dilma, que àquela altura já tinha virado o alvo do “joga bosta na Geni!”
E assim vem mantendo a sua linha ética nos meses posteriores ao impeachment: liderando as denúncias contra os “bandidos de jaleco branco”. Na edição de 15 a 21 deste mês, empolgou os leitores aqui da Quadra Comercial da 113 Sul, com a manchete de primeira página: “O Brasil humilha seus professores”. Após a distribuição que sempre faço no Bar do Raul, na quitanda Framélia, na Farmácia Santé, na Loteca e no quiosque da costureira, a revolta foi geral, com comentários em alto e bom som: “Como pode um professor ganhar a ninharia de R$ 2.135,64, enquanto deputados e senadores recebem R$ 33.700,00, para “trabalhar” apenas três dias por semana?”
Jornalismo sadio é isso, amigos leitores!
(*1) Como exceção à regra geral, o hebdomadário Brasília Capital (com circulação comprovada no DF e nas cidades do Entorno) tem a mesma imparcialidade do também semanário Carta Capital, de Mino Carta. A propósito, a última edição do semanário paulista diz a que veio o governo Temer: “Como liquidar o Brasil”.
(*2) Leia o testemunho insuspeito de Samuel Wainer, que trabalhou como repórter-especial dos Associados, em seu livro póstumo “Minha razão de viver”.
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