O Brasil recebeu destaque em duas publicações recentes da revista The Lancet, um dos periódicos mais conceituados na área da saúde em todo o mundo. Essas publicações mostraram os avanços do Brasil em relação à amamentação. Foi um estudo muito robusto, que comparou 153 países. E quando comparado com países como Estados Unidos, Inglaterra e China, o Brasil se destacou em relação ao tempo de amamentação exclusiva, por exemplo.
De acordo com a série, as crianças brasileiras eram amamentadas por 2,5 meses, em média, em 1974. Em 2006, esse número subiu para 14 meses. Em 1986, apenas 2% das crianças de até 6 meses recebiam exclusivamente leite materno, e vinte anos depois esse número saltou para 39%.
Toda essa evolução em relação ao aleitamento no Brasil se deve, sem dúvida, a suas políticas públicas voltadas para essa prática. No ano passado tivemos a regulamentação da lei NBCAL de 2006, que limita a comercialização de substitutos do leite materno, chupetas e mamadeiras.
Temos que destacar a licença maternidade de até 6 meses nas empresas cidadãs, a certificação dos Hospitais Amigos da Criança – o que assegura padrões de qualidade e treinamento constante de profissionais de saúde voltados ao aleitamento – e uma inovadora rede de bancos de leite humano.
Tudo isso não seria possível se a sociedade civil não tivesse se organizado para pedir por todas essas práticas de proteção, promoção e apoio à amamentação. Esse é o caminho, e as notícias foram muito animadoras, visto que essa é uma prática que garante saúde a nossas crianças e à população em geral, se pensarmos a longo prazo.
Sem dúvida, uma excelente notícia para nos orgulharmos!